A mãe do participante Davi Brito, do BBB 24, chamou atenção nas redes sociais após lamentar os ataques sofridos pelo participante do programa (veja abaixo). Mas, como lidar com a rejeição dos filhos? A seguir, o Guia da Criança explica com mais detalhes.
💔MÃE DO DAVI DESABAFA! pic.twitter.com/rl3p9aj3Kr#BBB24
— Muka do Space 🎙️#BBB24 (@falamuka) January 26, 2024
O que fazer quando seu filho é rejeitado na escola?
Escutar o seu filho com atenção é o primeiro passo para lidar com a rejeição escolar. Segundo Bárbara Greenberg, psicóloga clínica especializada no tratamento de adolescentes, os pais nem sempre precisam ter resposta para tudo e, às vezes, simplesmente ouvir a criança já é um grande passo durante esse processo.
Foto: reprodução/internet
A especialista ainda traz outras dicas para lidar com a rejeição escolar. Veja só!
Mantenha a calma
De acordo com a terapeuta, os pais devem evitar agravar a situação. Em outras palavras, ela diz que é preciso ter calma, mesmo diante da ansiedade e da decepção.
“Converse com seu parceiro ou amigos sobre seus próprios sentimentos. Seus filhos já têm o suficiente para fazer sem precisar absorver seus sentimentos. Eu sei que isso é difícil, mas é necessário.”, explica.
Evite tornar a situação sobre você
Outra orientação da terapeuta é deixar os pequenos falarem sobre os seus próprios sentimentos. Neste momento, ela destaca que os pais não devem mencionar suas próprias experiências.
“Isso é sobre eles, não você. No futuro, você pode querer compartilhar suas experiências passadas, mas não agora. Tempo é tudo.”
Pergunte aos seus filhos o que eles precisam
Considere perguntar como você e seu marido podem ajudar. Talvez eles só precisam que você ouça suas dores. Eles podem, por exemplo, querer falar com um profissional. Você pode se surpreender com as respostas deles.
Além disso, aproveite a oportunidade para explicar que a vida não para enquanto se aguarda as respostas da escola. Incentive-os a continuar se exercitando, socializando e aproveitando pequenos momentos do dia.
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Nunca faça comparações
A terapeuta explica as consequências desse tipo de comportamento:
“Por favor, não compare suas filhas entre si, com amigos, primos ou colegas. Isso só aumenta a ansiedade e cria animosidade nos relacionamentos. Não parece que você está fazendo isso, mas esteja atento.”
Em seu artigo publicado no site Psychology Today, ela ainda explica que, embora ninguém queira ser rejeitado, a rejeição é inevitável em todas as nossas vidas. A esperança é que experimentar uma rejeição se torne uma oportunidade de se recuperar, continuar em movimento e se tornar um indivíduo mais resiliente.
Quer saber mais? Assista:
E se a rejeição estiver relacionada ao Bullying?
Num primeiro momento, a recomendação é conversar com o professor do seu filho, uma vez que, segundo a graduada em Pedagogia, Aline Ferro, ele é o profissional que acompanha de perto a criança e eventuais responsáveis pelas agressões.
Para a especialista, os pais devem questionar se o professor tem conhecimento sobre algum evento e se ele pode relatar o que a criança tem enfrentado em sala de aula. Após esse primeiro diálogo, ela orienta aos pais que eles falem com o professor novamente para verificar se a situação continua ou se o caso já foi solucionado.
E se o problema não resolver?
A especialista orienta que, caso isso aconteça, o melhor caminho é agendar uma conversa com a direção do colégio e entender como resolver esse problema.
Nunca é demais lembrar que as crianças têm o direito de ir à escola e aprender em segurança. As escolas e os professores desempenham um papel importante na proteção dos pequenos, de acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
A agência explica ainda que os adultos que supervisionam e trabalham em ambientes educativos têm o dever de criar ambientes que apoiem e promovam a dignidade, o desenvolvimento e a proteção das crianças. A propósito, tais direitos estão descritos na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
Segundo o documento, a educação deve respeitar a dignidade dos pequenos e o seu direito a participar da vida escolar. Além disso, ele pede a adoção de medidas para proteger as crianças de todas as formas de violência física, sexual ou mental.