Se você não sabe o que fazer quando seu filho tem vergonha de você, você chegou ao lugar certo. A seguir, o Guia da Criança explica as principais causas da vergonha dos pequenos em relação aos pais. De quebra, você confere dicas práticas e eficazes para lidar com esse comportamento da melhor forma.

O que fazer quando seu filho tem vergonha de você?

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1. Compreenda a vergonha infantil

A vergonha é uma resposta emocional complexa que pode ser desencadeada por diversas situações. Em crianças, ela frequentemente se manifesta como uma reação a situações sociais ou à percepção de julgamento por parte de outras pessoas. 

Quando os filhos sentem vergonha dos pais, isso pode ser um reflexo de seu próprio processo de desenvolvimento e autodescoberta.

Fatores Contribuintes para a vergonha nas crianças: 

Desenvolvimento Social e Emocional: À medida que as crianças crescem, elas se tornam mais conscientes das normas sociais e do que é considerado “normal” pelos seus pares. Isso pode levar a sentimentos de vergonha se elas percebem que seus pais se comportam de maneira diferente do esperado;

Desejo de Aceitação: Crianças e adolescentes frequentemente desejam se encaixar e ser aceitos pelos seus colegas. Qualquer comportamento ou característica dos pais que seja visto como fora do comum pode ser motivo de vergonha;

Autonomia e Independência: Parte do crescimento envolve o desejo de se afirmar como indivíduo. Sentir vergonha dos pais pode ser uma manifestação do desejo de se distanciar e estabelecer uma identidade própria.

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2. Identifique os Sinais

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É importante para os pais estarem atentos aos sinais de que seus filhos podem estar sentindo vergonha. Estes podem variar dependendo da idade e personalidade da criança, mas alguns sinais comuns incluem:

  • Evitamento: A criança evita situações onde os pais estariam presentes, como reuniões escolares ou eventos sociais;
  • Retração: A criança se torna mais quieta ou retraída na presença dos pais;
  • Crítica ou Hostilidade: A criança pode expressar frustração ou irritação com os pais de maneira mais frequente;
  • Mudanças no Comportamento Social: Alterações súbitas no comportamento social da criança, como evitar amigos ou mudar de círculo social, podem ser indicativas de vergonha.

3. Tenha uma abordagem empática

Para lidar com a vergonha dos filhos, os pais devem adotar uma abordagem empática e compreensiva. Aqui estão algumas estratégias práticas:

Comunicação Aberta:

Inicie conversas abertas e honestas com seus filhos sobre seus sentimentos. Pergunte gentilmente sobre o que está incomodando-os e esteja preparado para ouvir sem julgar. 

Faça uma pergunta aberta para a criança, como: “Notei que você tem evitado eventos familiares ultimamente. Há algo específico que te incomoda?”

Outra maneira é a validação dos sentimentos da criança. Você pode dizer a ela: “Entendo que você possa se sentir desconfortável. Vamos conversar sobre como podemos tornar isso melhor para você.”

Respeito à Privacidade:

Respeite a necessidade de privacidade e espaço de seus filhos. À medida que crescem, é natural que queiram ter mais controle sobre suas vidas sociais e pessoais. Evite forçar a presença ou participação em eventos se perceber que isso os deixa desconfortáveis.

Modelagem de Comportamento:

Seja um modelo de comportamento positivo. Demonstre como lidar com a vergonha e o embaraço de maneira saudável. Compartilhe suas próprias experiências e como você lidou com situações similares no passado.

  • Exemplo: “Quando eu era criança, também me sentia envergonhado quando meus pais faziam certas coisas. Aprendi a lidar com isso ao conversar com eles e encontrar uma solução juntos.”

Fomento da Autoestima:

Trabalhe para construir a autoestima de seus filhos. Elogie suas qualidades e conquistas, e mostre-lhes que são valorizados e amados incondicionalmente. Uma autoestima forte pode ajudar a reduzir a intensidade da vergonha.

Flexibilidade e Adaptabilidade:

Seja flexível e disposto a se adaptar. Se certos comportamentos seus estão causando embaraço, considere fazer ajustes razoáveis sem comprometer seus próprios valores e identidade. Por exemplo, se seu estilo de roupa ou maneira de falar em público é um problema, veja se há uma forma de encontrar um meio-termo.

4. Adote estratégias específicas por idade

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As abordagens para lidar com a vergonha dos filhos podem variar de acordo com a idade e estágio de desenvolvimento da criança.

Crianças Pequenas (3-7 anos)

  • Segurança Emocional: Reforce constantemente que é normal sentir vergonha e que isso não muda o amor e aceitação que você tem por elas;
  • Atividades Conjuntas: Participe de atividades que a criança goste e se sinta confiante. Isso pode ajudar a fortalecer o vínculo e reduzir sentimentos de vergonha;
  • Histórias e Brincadeiras: Use histórias e brincadeiras para discutir e normalizar sentimentos de vergonha.

Crianças em Idade Escolar (8-12 anos)

  • Discussões Abertas: Promova discussões sobre emoções e experiências sociais. Encoraje seus filhos a expressarem o que sentem sem medo de julgamento;
  • Participação Gradual: Gradualmente envolva-se em atividades escolares e sociais, mostrando apoio sem ser intrusivo;
  • Modelagem de Empatia: Demonstre empatia em suas próprias interações sociais. Mostre como você lida com situações potencialmente embaraçosas de maneira positiva.

Adolescentes (13-18 anos)

  • Autonomia: Respeite a necessidade de autonomia e privacidade dos adolescentes. Entenda que é natural que eles queiram se distanciar em busca de independência;
  • Discussões Adultas: Aborde os adolescentes como jovens adultos. Tenha conversas maduras sobre os desafios sociais e emocionais que eles enfrentam;
  • Apoio Incondicional: Reitere seu apoio incondicional e que você está disponível para ouvir e ajudar sem julgamentos.

5. Construa resiliência emocional

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Além de lidar com a vergonha, é crucial ajudar os filhos a desenvolverem resiliência emocional. Isso os preparará para enfrentar futuras situações embaraçosas com mais confiança.

Incentive seus filhos a expressarem seus sentimentos abertamente. Isso pode ser através de conversas, escrita, arte ou outras formas de expressão. A capacidade de articular emoções pode reduzir o peso da vergonha.

Ajude seus filhos a desenvolverem habilidades sociais que os capacitem a lidar com situações embaraçosas. Role-playing e discussões sobre como reagir a comentários ou situações difíceis podem ser úteis.

Além disso, ensine a importância da autocompaixão. Ajudar as crianças a serem gentis consigo mesmas e a entenderem que erros e embaraços são parte natural do crescimento pode fortalecer sua resiliência emocional.

Em alguns casos, a vergonha pode ser um sintoma de questões mais profundas que podem necessitar de intervenção profissional. Se a vergonha estiver afetando significativamente a saúde emocional ou social da criança, considere procurar ajuda de um psicólogo infantil ou conselheiro familiar.

Sinais de Alerta:

  • Isolamento Social: A criança se isola completamente de interações sociais;
  • Alterações de Humor: Mudanças drásticas e persistentes no humor;
  • Baixo Desempenho Escolar: Declínio significativo no desempenho escolar;
  • Sintomas Físicos: Manifestações físicas de estresse, como dores de cabeça ou problemas digestivos.

Lidar com a vergonha dos filhos em relação aos pais é um desafio que requer sensibilidade, compreensão e paciência. Ao adotar uma abordagem empática e apoiar seus filhos no desenvolvimento de resiliência emocional, os pais podem ajudar a minimizar a vergonha e fortalecer os laços familiares. 

Lembre-se de que cada criança é única e pode necessitar de estratégias diferentes. O mais importante é mostrar que, independentemente dos sentimentos de vergonha, o amor e o apoio incondicional da família sempre estarão presentes.

Agora que você já sabe o que fazer quando seu filho tem vergonha de você, continue acompanhando o Guia da Criança no site e nas redes sociais. Diariamente, compartilhamos dicas sobre maternidade, educação infantil e tudo que impacta o universo dos pequenos.

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Escrito por

Matheus Azevedo

Matheus Azevedo é jornalista e escreve para sites como Guia do Gestor e Garagem360. Busca informações de qualidade para que o leitor tenha acesso aos melhores conteúdos sobre o desenvolvimento infantil.

Moro em São Paulo há mais de três anos, apaixonado pelo estado e procuro pelas melhores atrações para você curtir com o seu filho.